Nova via na Face Norte do Morro dos Cabritos - Lagoa / RJ
Não, o nome desta nova via não foi por acaso...
Já havia conquistado outras quatro vias neste setor do Morro dos Cabritos, sendo que todas possuíam algumas coisas em comum: a graduação baixa, a pouca exposição (absolutamente TODAS as vias desta face, antes, possuíam exposição alta, o que afastava muita gente desta parede), sem contar com a beleza da vista, o conforto da base e a trilha fácil e curta, com cerca de 15 minutos apenas.
Entretanto, havia ainda uma linha que não fora explorada e que destoava das demais, por sua verticalidade e ausência de agarras. Com isso em mente, fomos eu, Laura e João Pedro, no dia 21 de outubro de 2018, fazer mais uma exploração por lá. Tive o cuidado de preparar a mochila no dia anterior, com furadeira, marreta, equipamento pessoal, água etc. Fomos inclusive dormir cedo, haja vista a certeza de termos que encarar uma via mais "hard" desta vez. E lá fomos nós, naquele belo domingo, rumo a mais uma aventura...
Para acessar a base deste setor, deve-se entrar pelo Parque da Catacumba, na Lagoa / RJ, e seguir pelos caminhos de paralelepípedos até sua parte mais alta, em uma praça conhecida como "Praça do Acoplamento". Dela, sai uma trilha muito bem demarcada e larga, que leva a um mirante no topo do Platô da Lagoa. Pega-se esta trilha e, após cerca de 200 metros, há uma cerca na lateral direita, feita de troncos. Neste ponto, o caminho torna-se um pouco fechado, ao contornar a cerca por trás (pela direita), mas logo, a picada dá lugar a uma nova trilha bem simples de seguir. No caminho, há uma pequena mureta para se pular, ponto em que a trilha dá uma guinada para a direita, contornando a já visível face norte (ou o início dela) dos Cabritos. Após uma breve subida com certa inclinação, volta-se a descer. Pronto! As bases chegaram!
A "Alzheimer" é a quinta via da parede, à esquerda, sendo facilmente identificada pela proximidade das chapeletas que a protegem... e claro, por visivelmente ser mais complexa que as quatro vias anteriores.
Voltando ao belo domingo em que fomos lá: base alcançada em menos de 15 minutos, material devidamente colocado, corda presa ao bouldrier, linha estudada, chapeletas na cintura... mas... cadê os parabolts (espécie de bucha para fixar as chapeletas na parede)??? Foram esquecidas em casa! E eu achando que arrumar a mochila no dia anterior seria benéfico...
Enfim, com este contratempo, só nos restou escalar a via ao lado ("Hormônio do Capeta") e, com corda de cima, ensaiar os lances da nova linha. E de certo modo, acabou sendo uma ótima opção! Os lances são bem mais complicados do que à primeira vista e deram uma bela batalha para serem trabalhados, memorizados e encaixados.
Para finalizar a conquista, retornei com Laura no domingo seguinte, dia 28, em um "ataque relâmpago", desta vez, sem esquecer nenhum item primordial. Assim sendo, foram instaladas as sete chapeletas que compõem a nova via, bem como a primeira parada da via "Hormônio do Capeta" foi duplicada (parada comum às duas linhas).
Com isso, este novo setor passa a ter uma opção com alta dificuldade e de ótima qualidade!
