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Cunha x Paraty de bike

Esta bicicletada já tornou-se tradicional para comemoração dos aniversários do Wal, sendo realizada há 17 anos. Mesmo assim, nunca consegui participar. Desta vez, marcando seu 50º ano, decidi que não perderia por nada!

Pedro Bugim no início da jornada, saindo de Cunha / SP
Pedro Bugim no início da jornada, saindo de Cunha / SP

Como eu e Laura trabalhamos na sexta feira, dia 23/11/2018, acabamos fazendo nossa saída do Rio de Janeiro por volta das 18h. A primeira problemática foi conseguir encaixar a bike dentro do carro, haja vista que eu não possuía suporte para carregá-la do lado de fora (como qualquer pessoa normal). Mas demos um jeito de, desmontando a roda dianteira, acomodá-la no banco de trás.


As primeiras duas horas de viagem foram bem monótonas, já que o trânsito metropolitano fica caótico neste horário, sobretudo, no último dia da semana. Entretanto, ao pegar a estrada, com o horário mais avançado, tudo fluiu melhor. O trajeto total possui cerca de 300Km e pode ser feito em menos de 4 horas, sem trânsito. No nosso caso, contando todo trânsito do início e as duas paradas que fizemos, totalizamos quase 6 horas de viagem.

O grupo, na Pousada Clima da Serra, em Cunha / SP, antes do pedal
O grupo, na Pousada Clima da Serra, em Cunha / SP, antes do pedal

O destino final foi a cidade de Cunha, SP, onde chegamos pouco antes da meia noite e nos hospedamos na pousada Clima da Serra. Hospedagem com preço justo, boas acomodações, ótimo café da manhã e pessoal atencioso para atendimento. Tratamos de dormir logo, pois o dia seguinte começaria cedo...


No sábado, dia 24/11, acordamos por volta das 7h da manhã, indo direto tomar o café, em conjunto com as outras 43 pessoas que participaram da atividade. Sim, desta vez batemos o recorde de participantes... Coitado do Wal, que organizou tudo!

Ricardo Draga e seu cafe da manhã "humilde"
Ricardo Draga e seu cafe da manhã "humilde"

A bicicletada teve início por volta das 9h da manhã, com alguns grupos seguindo mais à frente e outros isolados mais atrás. Eu, por minha vez, procurei não imprimir um ritmo forte, pois não sentava em uma bicicleta há praticamente 2 anos e meio! Assim sendo, realizei a primeira metade do trajeto em marcha leve e sempre cadenciando a velocidade, para ter certeza que finalizaria da mesma forma que comecei: em cima da bicicleta.

Parada no topo da Serra, a cerca de 1.400m de altitude, após 25Km rodados
Parada no topo da Serra, a cerca de 1.400m de altitude, após 25Km rodados

Os primeiros 25Km são feitos praticamente em subida, com alguns trechos bastante íngremes, representando a parte mais complicada. Nesta parte, pedalei quase que sempre sozinho, achando que estava por último. Só nos pontos de parada, quando o grupo se juntava, foi que percebi que meu ritmo estava muito bom, seguindo o seleto e pequeno grupo frontal de perto. Ao final de toda a subida, me dei conta de que as pernas ainda estavam ótimas, assim como a respiração. O grande (enorme!) problema, é que a bunda doía de forma proibitiva! Com o perdão da palavra... até o saco estava dormente. Surreal!

Pedro e Mari na descida, passando os carros no caminho
Pedro e Mari na descida, passando os carros no caminho

Mas para a felicidade do grupo, deste ponto em diante, as subidas se tornam quase inexistentes e um trecho com nada mais, nada menos que 25km de descida nos esperava à frente. Enquanto os 25 quilômetros iniciais foram vencidos em cerca de 3 horas, a mesma distância, na segunda metade, foi realizada em menos de 30 minutos, em uma descida alucinante, com direito a ultrapassagem em cima de vários carros, com velocidade média acima dos 50Km/h (meu ciclocomputador marcou a velocidade máxima em 62,6Km/h). Em alguns momentos, foi de arrepiar, mas ao mesmo tempo, extremamente prazeroso! E além dos 25km, a descida representou um desnível de incríveis 1400m!


O grupo de juntou novamente em um pequeno restaurante / boteco ao pé da Serra, para a merecida cerveja de comemoração. Por lá, ficamos pouco tempo, pois o foco agora já se tornara o churrasco que combinamos na praia de Jabaquara. Yes! Já estávamos em Paraty!


Mas como nem tudo são flores, até a nossa pousada ainda havia cerca de 9Km de estradas. Boa parte das pessoas que pedalaram decidiram aposentar as bikes e voltar nos carros de apoio. Eu e o Velho decidimos finalizar o trajeto pedalando, assim como a Bianca, que não havia feito o percurso anterior de bicicleta. Grande erro... Logo na primeira descida, ela se deparou com um enorme buraco na estrada, sendo catapultada e aterrizada violentamente. Cheguei ao local do acidente poucos segundos depois, onde a Laura (de carro) rapidamente mobilizou um resgate, com auxílio da Natasha nos primeiros socorros. E lá fui eu pedalando o mais rápido possível, atrás do carro, em busca de um hospital.

Bianca... arrebentada!
Bianca... arrebentada!

Conseguimos pronto atendimento na UPA de Paraty, onde Bianca precisou tomar três pontos no supercílio, além de cuidar de algumas escoriações. Mas para alívio geral, nada mais sério aconteceu. Ufa!


Finalmente rumamos para nossa pousada, a Pousada Atobá. Pousada incrível, apesar dos preços um pouco mais altos. De todo modo, suas acomodações são muito bem cuidadas, confortáveis e em uma localidade privilegiada. Após um merecido banho de piscina, fomos à praia de Jabaquara, no quiosque Harpazo, onde rolou um churrascão de comemoração de 50 anos do Wal. Simplesmente perfeito!

Waldecy e seus dois amores.... Bianca e Velho!
Waldecy e seus dois amores.... Bianca e Velho!

O dia seguinte seria reservado para um passeio de barco à Ilha da Cutia, um local paradisíaco com água cristalina, pequenas praias e uma trilha que leva ao lado oposto da praia na qual desembarcamos. No retorno, ainda fizemos uma pequena parada no Saco da Velha, uma praia que possui uma gruta alucinante, com água dentro e vários "salões".

Galera no barcão do Wal
Galera no barcão do Wal

Ilha da Cutia
Ilha da Cutia

Bodão e seu mergulho "Rock'n Roll"
Bodão e seu mergulho "Rock'n Roll"

Infelizmente o passeio estava acabando, mas deixando memórias eternas, de superação, adrenalina, lugares maravilhosos e amigos incríeis!


O "Velho Sacudo". Espécie em extinção, habitante local das ilhas de Paraty, proveniente das Ilhas Polinésias. Cuidado ao encontrar com um desses. Extremamente peçonhento
O "Velho Sacudo". Espécie em extinção, habitante local das ilhas de Paraty, proveniente das Ilhas Polinésias. Cuidado ao encontrar com um desses. Extremamente peçonhento

Claro que ainda havia uma pequena pegadinha: Na estrada, com uma churra horrenda, voltando ao Rio de Janeiro, nosso pneu furou! Sorte que o carro do Wal passou pouco depois, para nos auxiliar, já que o pneu teimava em não sair. Resultado: chegamos em casa apenas na segunda feira, quase às 6h da manhã, moídos!

A troca do pneu... momento tenso!
A troca do pneu... momento tenso!

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