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Opção "light" em Três Picos!

"Ressaca" de alguma via mais longa no dia anterior. Dúvida sobre o tempo: "chove ou não chove?". Dia quente demais. Ou, simplesmente, bateu aquela preguiça. Todas estas situações em Três Picos poderiam significar um dia sem escaladas, haja vista a extensão e comprometimento da maioria das vias na região.

Bianca Villela guiando a "Bode da Tarde" 4° IV E2 D1 - 130m
Bianca Villela guiando a "Bode da Tarde" 4° IV E2 D1 - 130m

Recentemente estive no Vale dos Frades, com Laura e João pedro, para conquistarmos a "Fúria Bovina", sendo que na sequência, rumamos para Três Picos, onde passamos os dois dias seguintes. Entretanto, "moído" do jeito que eu estava, pensei que as únicas atividades seriam abrir cervejas e comer churrasco. Mas por lá, encontramos Bianca e Waldecy, que nos convidaram para escalar no dia seguinte.


Imediatamente, remeti às lembranças de outras vias na região, onde impera a larga extensão, unida à exposição e longas horas de trilha. Todavia, o alvo desta vez seria a via "Bode da Tarde" (4° IV E2 D1 - 130m), no Morro do Gato.

Laura e João Pedro em uma das paradas da via
Laura e João Pedro em uma das paradas da via

Confesso que nunca havia feito esta via, seja por optar por outras escaladas na região, seja por preguiça. Mas grande foi minha surpresa, ao finalmente encarar esta linha, em perceber que mesmo com preguiça, cansaço, sol ou iminência de chuva, trata-se de uma atividade bastante acessível.


A trilha até a base leva menos de uma hora, saindo da estrada, em uma caminhada relativamente tranquila, aberta e praticamente sem chances de errar. A base é confortável e possui ótima sombra. A via em si, não possui lances além do quarto grau (talvez o crux seja ligeiramente mais complexo) e a proteção é inteiramente fixa. Apesar de tudo, como padrão de Três Picos, a via não é excessivamente protegida, possuindo grampos nos lances verdadeiramente necessários, além de paradas duplas. O ideal é fazer a via em três enfiadas curtas, mas é possível mandar em duas enfiadas "cheias" (o que torna a escalada ainda mais rápida).


A escalada por si só já vale a visita. Inicia meio diferente, com abaulados, lances de domínio... Passa por algumas partes em aderência. Evolui para lances em regletes e agarras. Seu crux, bem protegido por sinal, passa por uma pequena barriga levemente aérea, mas não muito técnica, alucinante!

Pedro, Laura, João Pedro, Wal e Bianca no cume do Morro do Gato
Pedro, Laura, João Pedro, Wal e Bianca no cume do Morro do Gato

Não bastasse isso tudo, o cume é simplesmente espetacular! A vista possui amplitude de 360°, com uma panorâmica dos Três Picos, Capacete, Cabeça de Dragão, Ronca Pedra, Caledônia etc.


O rapel também é bastante simplório, podendo ser feito com uma corda apenas. Nesta atividade com 5 pessoas (eu, Laura, João Pedro, Wal e Bianca), iniciamos a trilha às 10:45h da manhã e às 13h já estávamos todos no cume. O rapel foi iniciado às 13:45h e às 14:40h já estávamos de volta ao carro. Ou seja, toda a atividade foi realizada em meras quatro horas (isso contando com os 45 minutos que ficamos no cume)! Parece Três Picos?!


Enfim... fica a dica para aqueles que ainda possuem pouca "intimidade" com as exigentes vias da região, ou para aqueles que, mesmo possuindo experiência, desejam apenas "relaxar" por lá.

Traçado aproximado da via "Bode da Tarde" (4° IV E2 D1 - 130m)
Traçado aproximado da via "Bode da Tarde" (4° IV E2 D1 - 130m)

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